domingo, 12 de setembro de 2010

talvez eu deva,

Ando meio nostálgico ultimamente. Pensando em como era tudo era alegre, tudo era choro, e tudo era descoberta. Minha infância, o quanto eu cresci, o que eu aprendi, dos arrependimentos fúteis mas que continuam sendo arrependimentos até hoje, das oportunidades que o medo me fez deixar passar... do que eu vivi e em quem eu me tornei ao longo dos anos, o que sou hoje. E fico meio confuso.
Será que minha vida hoje é infeliz comparada a como ela era antes? Não, acho que não. Nunca deixei de ser feliz, de sorrir abertamente, ou de chorar e gritar de tanto rir. Ou até rir por nervosismo. Mas então, o que será que vêm me deixando tão nostálgico? Por que eu me refiro à minha infância como "os bons tempos", se hoje eu ainda afirmo ser feliz? Acho que ainda sou jovem demais pra tentar responder à essas perguntas. Ou às vezes eu apenas não quero confundir meus pensamentos adolescentes com perguntas tão pessoais e embaraçosas. 
Eu definiria a minha infância como uma infância de verdade. Com brinquedos, jogos, amigos, natureza e muita alegria. Sinto falta das despreocupações, sinto falta daquele velho pensamento que sempre me passava ao ouvir os problemas de meus irmãos. O pensamento que dizia que não era pra eu ligar pra essas coisas, era problema de gente grande e eu nada tinha a ver com isso. 
E hoje os problemas de gente grande me atingem diretamente. O fato de eu ser um dos poucos entre meus amigos que não namora alguém, de não ser atrativo à maioria dos olhos, de não ter muitas aventuras adolescentes a contar. Normalmente, esses são os temas das interrogações em torno da minha cabeça. Talvez eu apenas deva pensar que as coisas acontecem na hora certa, e como devem acontecer. Talvez eu deva, mas não gosto muito da ideia. Acho que é isso.

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